sexta-feira, 11 de julho de 2008

Saudades de uma época que não vivi (pelo menos nesse corpo).

Poucas coisas me fazem chorar (sem viadagem) e o futebol é uma delas. Copa de 58 e de 70 foram demais. Fico triste por não ter visto aquilo ao vivo, e pela televisão ter sido tão amadora (principalmente em 58). Achei esse vídeo com depoimento do Garrincha, falando da mudança de sua vida depois do mundial de 58, assédio dos fãs, esse tipo de coisa. O vídeo mostra algumas jogadas dele, seja pela seleção ou pelo Botafogo, sempre desrespeitando de maneira honrosa os adversários, algo que seria hoje repudiado pelos barrigudos dirigentes do futebol, por conta do tal Fair Play.

Não tem como comparar os 'ídolos' de hoje com as celebridades da época. Ou será que alguém imagina os Ronaldinhos e Kakakas comemorando gols com o entusiasmo mostrado no vídeo, ou em qualquer imagem de comemoração de 58 e 70? E o choro compusilvo do Pelé no primeiro título?

A última cena diz tudo, Garrincha, o todo poderoso, tomando um café (café o diabo, aquilo era uma cuba libre, sem dúvida) em um boteco qualquer, sem camisa, mexendo o drink com o dedo. Hoje o que vemos quando olhamos as estrelas do futebol (ou pseudo-estrelas de menos de 20 anos) são apenas os brilhos de seus carros e correntes/brincos/anéis/gargantilhas de ouro, numa ostentação que me faz pensar se eles não esqueceram a origem humilde, como é a relidade da maioria. Comemoração? Só se for para mostrar a marca do patrocinador. É triste...

Nenhum comentário: